Visão presente e futurística: o mercado de trabalho na Engenharia Ambiental
- caengambiental
- 20 de mai. de 2021
- 3 min de leitura
O mercado de trabalho da Engenharia Ambiental, ou em qualquer outra profissão, sempre foi algo muito desafiador, principalmente para quem acabou de se formar. Afinal, e agora, como me inserir no mercado? Por onde começar? Presto um concurso? Panfleto meu currículo? Invisto em uma pós-graduação? Enfim, são muitas as dúvidas e inseguranças que nos rodeiam neste momento e que certamente, só aumentaram em meio ao cenário pandêmico em que nos encontramos.
No entanto, apesar da situação que é no mínimo delicada, no que tange às oportunidades de mercado de trabalho referente à Engenharia Ambiental, temos que o mesmo não foi afetado.
Na conferência organizada pela Universidade Federal do Pampa em 21 maio de 2020, reuniu cerca de 400 profissionais da área e o tema: “Mercado de trabalho da Engenharia Ambiental antes, durante e após a pandemia” foi discutido. Assim, a docente representante da Universidade Franciscana, que estava presente no evento, relata que foi unânime a concordância de que a profissão esteja em ascensão no mercado, principalmente nas áreas mais voltadas à tecnologia.
Entretanto, a mesma destaca que o maior desafio está relacionado à concorrência, já que muitas das atribuições que são conferidas à Engenharia Ambiental, também podem ser realizadas por outros profissionais. Este quesito pode ser comprovado pelas atribuições concedidas aos Engenheiros juntamente com Arquitetos e Agrônomos no art. 1º da Resolução nº 218, de 29 de Junho de 1973. Com isso, a profissional destaca a nossa atuação frente ao CREA, de modo a nos fazer presentes e lutar por melhorias na nossa profissão, já que as disposições legais que temos até o momento são apresentadas de forma genérica.
Mas afinal, quais seriam essas atribuições? De acordo com o art. 2º da Resolução nº 447, de 22 de Setembro de 2000, cabe ao Engenheiro Ambiental as atividades 1 a 14 e 18 do art. 1º da Resolução nº 218, de 29 de Junho de 1973, que são:
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
Atividade 18 - Execução de desenho técnico;
Neste âmbito, é importante ressaltar que o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia determina nossa alçada, a universidade capacita profissionalmente e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia habilita o profissional a exercer sua função legalmente.
Assim, submetendo a profissão novamente a situação que vivemos, é de extrema importância que o Engenheiro Ambiental se adeque e busque novas soluções para ajudar a evitar eventuais cenários como este que irão se repetir devido a crescente ocupação territorial humana. Gonzalo Vecina Neto, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, médico e sanitarista, diz que os vírus e os micro-organismos estão habituados a viver na natureza, mas quando esta é devastada procuram outro hospedeiro e que também estamos propiciando novos lugares para estes habitarem com a criação de animais.
Mas como um Engenheiro Ambiental pode se destacar e conhecer novas soluções para os problemas futuros? A graduação irá fazer um ótimo trabalho já, mas é essencial que você saia da sua zona de conforto, os engenheiros da era da tecnologia 4.0 precisarão ser dinâmicos, buscar eficiência, agilidade e flexibilidade para atender um público mais digital e que ao mesmo tempo compreenda o valor e sinta necessidade de investir em processos sustentáveis. Assim, os Engenheiros Ambientais dominarão o mercado e principalmente, exercerão seu papel de preservação do meio ambiente!
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